É assim que Dirce Gonçalves da Gouvea, de 66 anos e santista de nascimento, caracteriza cada trabalho que faz para ajudar a sustentar a família. Na casa dela, são seis pessoas ao todo; a filha caçula, de 38 anos, e os três netos. A única renda fixa, assegurada pelo governo, é a aposentadoria de seu marido.
Atualmente “brinca” com serviços de corte-e-costura e com a venda de doces, além de trabalhar em uma barraca de Tempurá na Feira Artesanal do Sesc - Santos (SP) duas vezes por semana.
A barraca de Tempurá
Lá, o dono do negócio é o Seu Minoro, amigo seu. O ponto está regularizado, mas ele não registrou Dirce em carteira. Não que ela sinta-se prejudicada com isso. "Eu me divirto", conta. "Saio de casa às 5h da manhã e pego o último noturno. Lá tem umas cabecinhas frescas, uma turma jovem, piadista. E eu me divirto com eles". Chega em casa entre 13h30 e 14h.
Mas é em casa que a brincadeira fica séria.
Na semana passada, por exemplo, Dirce estava ocupadíssima com a máquina de costura. Ficou responsável pela confecção de todo o figurino de Amadeus, peça de teatro em cartaz na Cultura Inglesa de Santos. Vestidos, ternos, saias, sobre-saias. Roupa que
dá brilho a um elenco de 20 atores. Cobrou em torno de R$50,00 para cada, tirando a compra da nota fiscal.
De que forma isso é feito?
Isso prefiro deixar para o próximo post. Até sábado, então!