Hoje vocês terão a oportunidade de conhecer um trabalhador informal, uma dessas pessoas que trabalha mas não tem um registro na carteira de trabalho. E trabalha!
Como tenho essa realidade bem próxima, resolvi entrevistar meu pai que é um desses trabalhadores. Ele se chama Sérgio Zacharias Nardelli, 46, e é motorista e vendedor de gás de cozinha. Todos os dias ele sai com seu carrinho carregado de gás e
água mineral para vender nas redondezas do bairro.
Resolvi fazer algo diferente e colocar a entrevista completa abaixo.
CINTIA – Como e por que começou a trabalhar vendendo gás?
SÉRGIO - Após ter sido demitido de uma metalúrgica no Ipiranga, um sobrinho da minha sogra me convidou para este serviço. Como não conseguia outro emprego, acabei aceitando e estou nele até hoje.
CINTIA – Há quanto tempo trabalha com isso?
SÉRGIO – Aproximadamente seis anos.
CINTIA – Quanto você costuma tirar de salário por mês?
SÉRGIO – Mais ou menos R$ 1.100,00 de salário bruto.
CINTIA – É o suficiente para sustentar uma família?
SÉRGIO – Não.
CINTIA – Você mesmo paga os seus impostos, como INSS, e arca com todas as despesas do veículo? A distribuidora ajuda em alguma coisa?
SÉRGIO – Sim e do veículo também. A distribuidora não dá ajuda de custo.
CINTIA – Conte um pouco como é seu dia de trabalho desde quando acorda até a hora em que vai descansar.
SÉRGIO – Começo a trabalhar aproximadamente às 7:30 da manhã e encerro às 18:30 da tarde. Ando pelas ruas oferecendo gás e água mineral. Entro em várias casas por dia, converso com muita gente e ouço várias historias.
Algumas vezes quando chego em casa, depois que eu já estou descansando, ligam algumas pessoas me pedindo gás. Geralmente são conhecidos mais chegados que ligam à noite ou quando estou almoçando em casa.
CINTIA – Quantos dias por semana você trabalha? E quantas horas por dia?
SÉRGIO – Tem variações no mês. As vezes os sete dias por semana, e outras seis dias. Aproximadamente 10 horas por dia.
CINTIA – Você já sofreu algum acidente de trabalho vendendo gás?
SÉRGIO – Já. Foi em 2003. Escorreguei de uma escada de alvenaria segurando um botijão de gás vazio. Quebrei o pulso e tive que fazer uma cirurgia para colocar uma placa de metal e alguns pinos. Fiz fisioterapia por alguns meses. Agora já está tudo normal.
CINTIA – Você está feliz com seu trabalho?
SÉRGIO – Não. Estou a procura de um emprego melhor.
Como tenho essa realidade bem próxima, resolvi entrevistar meu pai que é um desses trabalhadores. Ele se chama Sérgio Zacharias Nardelli, 46, e é motorista e vendedor de gás de cozinha. Todos os dias ele sai com seu carrinho carregado de gás e

Resolvi fazer algo diferente e colocar a entrevista completa abaixo.
CINTIA – Como e por que começou a trabalhar vendendo gás?
SÉRGIO - Após ter sido demitido de uma metalúrgica no Ipiranga, um sobrinho da minha sogra me convidou para este serviço. Como não conseguia outro emprego, acabei aceitando e estou nele até hoje.
CINTIA – Há quanto tempo trabalha com isso?
SÉRGIO – Aproximadamente seis anos.
CINTIA – Quanto você costuma tirar de salário por mês?
SÉRGIO – Mais ou menos R$ 1.100,00 de salário bruto.
CINTIA – É o suficiente para sustentar uma família?
SÉRGIO – Não.
CINTIA – Você mesmo paga os seus impostos, como INSS, e arca com todas as despesas do veículo? A distribuidora ajuda em alguma coisa?
SÉRGIO – Sim e do veículo também. A distribuidora não dá ajuda de custo.
CINTIA – Conte um pouco como é seu dia de trabalho desde quando acorda até a hora em que vai descansar.
SÉRGIO – Começo a trabalhar aproximadamente às 7:30 da manhã e encerro às 18:30 da tarde. Ando pelas ruas oferecendo gás e água mineral. Entro em várias casas por dia, converso com muita gente e ouço várias historias.
Algumas vezes quando chego em casa, depois que eu já estou descansando, ligam algumas pessoas me pedindo gás. Geralmente são conhecidos mais chegados que ligam à noite ou quando estou almoçando em casa.
CINTIA – Quantos dias por semana você trabalha? E quantas horas por dia?
SÉRGIO – Tem variações no mês. As vezes os sete dias por semana, e outras seis dias. Aproximadamente 10 horas por dia.
CINTIA – Você já sofreu algum acidente de trabalho vendendo gás?
SÉRGIO – Já. Foi em 2003. Escorreguei de uma escada de alvenaria segurando um botijão de gás vazio. Quebrei o pulso e tive que fazer uma cirurgia para colocar uma placa de metal e alguns pinos. Fiz fisioterapia por alguns meses. Agora já está tudo normal.
CINTIA – Você está feliz com seu trabalho?
SÉRGIO – Não. Estou a procura de um emprego melhor.
Imagem retirada do site: www.geraldofreire.uol.com.br/botijao_de_gas.jpg
Nenhum comentário:
Postar um comentário