quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Incluídos no mercado, mas sem carteira de trabalho


O dia-a-dia dos catadores de lixo do Lixão do Alvarenga mudou completamente desde 2001. Os trabalhadores, que passavam o dia nas ruas ou no lixão, recolhendo lixo sem perspectiva de prosperidade e muito menos de um salário digno, hoje em dia contam com a ajuda das associações criadas pela prefeitura para afastar os catadores das ameaças constantes de doença do Lixão do Alvarenga.

No Centro de Ecologia e Cidadania Refazendo, no bairro Assunção, e no Centro de Ecologia e Cidadania Raio de Luz, na Vila Vivaldi, eles trabalham oito horas por dia e fazem a triagem final do lixo reciclável recolhido nos 203 ecopontos espalhados em São Bernardo entre empresas, escolas, condomínio e outros.

O programa de coleta seletiva foi implementado em 18 de setembro de 2000 pela Prefeitura de São Bernardo com o objetivo de formar uma consciência ambiental sustentável, mas, além disso, permite que os trabalhadores obtenham uma renda fixa sem possuírem carteira assinada.

Cada centro possui seu presidente, que é eleito de dois em dois anos. Na Vila Vivaldi, trabalham 31 ex-catadores e no bairro Assunção, 39. Do montante arrecadado, 10% são destinados para as despesas das casas e compra de equipamentos. O restante vai para os associados. O salário dos catadores varia entre R$700 e R$2 mil de acordo com a função exercida na associação.

Para quem vivia pelas ruas, trabalhando em condições precárias e ainda sem garantia de obtenção de lucro, a informalidade do trabalho na associação, mesmo sem os benefícios que a legislação trabalhista oferece, com certeza é a melhor opção.

Imagem retirada do site : http://www.saobernardo.sp.gov.br/

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