domingo, 23 de setembro de 2007

Muitas faces


Quem não conhece um trabalhador informal?
Não é difícil esbarrar com um durante o dia.
Pense bem. Quando você sai de casa para ir à escola ou o trabalho de manhã, você costuma ir de carro, ônibus ou de lotação? Esse meio de transporte não é utilizado com freqüência, mas é um “quebra galho” para o passageiro e para o motorista. O primeiro não chega atrasado, e o segundo sustenta sua família trabalhando informalmente. Atualmente a maioria das lotações são registradas pelas prefeituras para garantir melhor segurança no transito.
Se você costuma andar de trem, ainda pode encontrar um outro tipo de trabalhador informal, o ambulante. Aquele que fica vendendo as mais diversas coisas no meio do trem. É pilha, alicate de unha, chocolate, bala, revista de culinária, barbeador e tantas outras coisas, tudo muito baratinho.

E na hora da saída da escola, ou do almoço do trabalho? As barraquinhas de cachorro-quente são uma boa opção para quebrar a rotina. Para quem não gosta de cachorro-quente, tem a barraca de pastel, a de bolos, a de salgados...Opa! Isso já está virando uma feira. Sim, há feiras que acontecem em dias alternados da semana em diferentes pontos da cidade.
Toda sexta-feira tem uma feirinha na praça do teatro Carlos Gomes, em Santo André. Nela encontramos comidas, artesanato, roupas, livros e muito mais.
De quarta-feira a feirinha acontece na Praça do Paço Municipal de Santo André.
No sábado há uma feirinha na Praça do Carmo, perto do “calçadão”, também em Santo André.
Sem contar as feiras de verduras, legumes, frutas e peixes que geralmente acontecem nas proximidades dos bairros residenciais. Esses trabalhadores montam suas barracas de madrugada!!! Só para quando nós chegarmos para comprar, os alimentos estarem fresquinhos!! E depois de comprar a laranja, o brócolis e o tomate, não podemos nos esquecer da famosa barraca de pastel e a de cana-de-açúcar, a “garapa”. Esses trabalhadores são autônomos, logo não tem o famoso “carimbo na carteira”, mas para executarem seu trabalho nas praças e nas ruas eles precisam de autorização da prefeitura local.

Todos esses trabalhadores um dia ficaram desempregados e resolveram fazer alguma coisa para sustentar a si mesmo e a suas famílias. Já que estava difícil conseguir um carimbo na carteira, eles resolveram ir a luta!
Citei apenas alguns desses muitos trabalhadores que fazem seu próprio salário e horário de serviço, mas que buscam um carimbo que lhes dê um salário fixo, férias remuneradas, 13º salário, fundo de garantia (FGTS) e uma chance de aposentadoria no futuro.

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