segunda-feira, 1 de outubro de 2007

E quem paga a conta?!


Que a informalidade é um problema para o Brasil, como para muitos outros países, isso a maioria das pessoas já está cansada de saber. Mas é sempre bom relembrar um dos piores aspectos da informalidade. O trabalho informal aumenta os gastos do país, causando, claro, um problema para os cofres públicos.

Forçando o gasto público, a informalidade faz com que o governo, portanto os contribuintes, pague pela assistência social daqueles que não pagam impostos. Em entrevista ao Portal de Notícias G1, alguns economistas mostraram que as leis estimulam a informalidade.Um exemplo é a Lei Orgânica da Assistência Social, desde 93 garante um salário mínimo para pessoas pobres a partir de 65 anos ou a deficientes físicos. Um especialista em Previdência social acredita que os benefícios para quem não contribui deve ser menor. "O trabalhador na informalidade está sendo muito racional, dada a legislação existente. Então acho que o que tem que se fazer é criar uma legislação cuja lógica coloque as pessoas contribuindo", diz o economista Marcelo Néri.

Alguns trabalhadores informais, segundo a reportagem do G1, preferem continuar informais, pois dizem que quando precisam da Previdência o retorno é zero. Por pensarem assim, os custos para o país são altíssimos, já que os benefícios pagos pelo INSS no valor de um salário mínimo representavam 1,45% do PIB, nesse ano estima-se que chegue a 3,11%.

Por essa negligência dos informais, os contribuintes pagam a conta e dão toda a assistência àqueles que não cumprem seus deveres como cidadãos.

Um comentário:

Jorge disse...

Muito bom artigo!
O grande problema é que não se pode negar que os encargos são efetivamente exagerados. O resultado: empresas e profissionais liberais querendo fugir da "mordida".