terça-feira, 28 de agosto de 2007

Informalidade que supera os limites geográficos

Presente não só nas grandes cidades, o trabalho informal ultrapassa limites geográficos e está presente em diversas cidades do interior brasileiro. Isso é o que acontece na pequena Pindamonhangaba, há 150km de São Paulo.

Todos os domingos, há mais de 20 anos, as pessoas se reúnem na Praça da Liberdade, que fica no centro da cidade, ao lado do Mercado Municipal para “barganhar”. Lá é possível encontrar de tudo: galinhas, bicicletas, máquinas de escrever, CD’s e LP’s antigos, revistas, livros, sapatos, roupas, materiais de construção e até prego usado. No início não era possível comprar nada com dinheiro, os produtos eram trocados. Se quisesse alguma das mercadorias de alguém, tinha que negociar com o dono outro produto em troca.

Em menos de 10 anos isso mudou e agora é possível comprar com dinheiro. A fiscalização dos órgãos municipais nem passa por perto, afinal, lá o trabalho informal é até um atrativo da cidade.

As pessoas que vendem seus produtos são, na maioria das vezes, moradores de sítios que ficam longe do centro urbano da cidade, e elas chegam de trem maria-fumaça até a feira.

Hoje em dia, trabalhar na Feira da Barganha não é mais tão fácil como antigamente. Agora os vendedores têm que dividir espaço com as barracas que vendem DVD’s pirata. Isso fez com que a antiga e já tradicional imagem da “Feira da Barganha” se modificasse completamente. O que antes era um atrativo na região, agora é cena do trabalho ilegal.

Mesmo assim, a feira continua existindo. Em todos os domingos, das sete da manhã ao meio dia, os vendedores estão lá vendendo ou barganhando seus produtos, ao som de grupos que tocam música sertaneja, ao vivo, no palco que fica no centro da praça. Fica aqui nessa matéria um convite para conhecer a “Feira da Barganha” de Pindamonhangaba. Procure bem pelos seus armários, com certeza você irá encontrar alguma coisa para barganhar.

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